quinta-feira, 21 de março de 2013



A Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), em construção dentro da ZPE cearense, fortalecerá a vocação para a captação de novas indústrias para o local

A entrada em operação da ZPE tem o papel fundamental de fortalecer a política de atração de investimentos ao Ceará, criando uma nova vantagem competitiva. Até o momento, os esforços estavam sendo focados na conclusão das obras físicas do prédio administrativo e na obtenção do alfandegamento junto à Receita Federal.

Entretanto, de acordo com o presidente da ZPE Ceará, Eduardo Macêdo, a atuação comercial na busca por novos investidores será intensificada a partir do próximo mês. Ainda assim, adianta, existem outras indústrias em negociação.

Prospecção

Segundo ele, os contatos com empresários já vinha acontecendo há algum tempo, mas em ritmo bem menor. A empresa administradora da ZPE vem participando de encontros com empresários interessados em conhecer os benefícios da área. Macêdo explica que a ZPE cearense também vem sendo procurada por investidores, além do que a diretoria administrativa também tem buscado contatos, trabalho que ganhará novo fôlego. "Só agora, nós instituímos nossa diretoria comercial. Desde janeiro, este trabalho vinha sendo feito por mim e agora será aprofundado e enriquecido", explica.

"A ZPE é um forte instrumento de captação, contribuindo para o desenvolvimento econômico e social, gerando empregos e atraindo investimentos", aponta Eduardo Macêdo.

Contudo, destaca, este instrumento, por si só, não é capaz de gerar riqueza e desenvolvimento. O que faz isso são as indústrias que são atraídas à zona. O fato de já ser lançada com um investimento de US$ 5,1 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões), que é o orçamento de construção da Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), fortalece essa vocação para a captação de novas indústrias. "A CSP terá um impacto muito grande para o Ceará e as demais indústrias que virão poderão contribuir com o incremento do PIB no estado", avalia.

Ele, assim como governo e industriais cearenses, como um todo, acredita que a CSP possibilitará a criação de um ´cluster´ (aglomerado de empresas com características semelhantes e que coabitam o mesmo local) na área siderúrgica e metal-mecânica. E isso já começa a acontecer.

A mineradora Vale, uma das sócias da CSP, já anunciou que irá instalar uma outra indústria na ZPE do Pecém, irá receber minérios extraídos pela Vale em outros estados e atuará no beneficiamento (principalmente na etapa conhecida como "blendagem") do produto, fornecendo-o à CSP. De acordo com Macêdo, o projeto já está aprovado pelo Conselho Nacional das Zonas de Processamento de Exportação (CZPE) e terá sua implantação iniciada ainda esse semestre.

O Ceará já garantiu ainda a instalação de uma siderúrgica laminadora no Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp), que é a Siderúrgica Latino-Americana (Silat), hoje em construção, porém fora da ZPE.

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