quinta-feira, 21 de março de 2013

ZPE é marco no desenvolvimento do Ceará, diz presidente da Abrazpe Imprimir E-mail
Noticiário cotidiano - Portos e Logística Porto de Pecém, no Ceará
Seg, 18 de Março de 2013 08:10
A Zona de Processamento de Exportações (ZPE) do Pecém só aguarda a publicação no Diário Oficial da União para começar a funcionar, o que deve acontecer hoje. Para o presidente da Associação Brasileira de ZPEs (Abrazpe), Helson Braga, a ZPE criará dinamismo na cadeia de produção cearense.

Segundo ele, a ZPE será, fundamentalmente, um lugar de processamento de matérias primas do Ceará, de outros estados e do exterior. “Hoje, essas matérias-primas tendem a ser exportadas como commodities, com um mínimo de agregação de valor. Então, na medida em que essas matérias primas venham a ser industrializadas na ZPE, estaremos criando empregos (e valor adicionado, de uma maneira mais geral) na ZPE e nas regiões de onde essas matérias primas procedem, inclusive, e especialmente, no Ceará”, afirma.

Cadeia
A criação de uma demanda por essas matérias primas funciona, segundo Braga, como um estímulo para o aumento de sua produção, gerando mais empregos. “Os milhares de trabalhadores que forem envolvidos nessa cadeia de produção, estarão comprando em supermercados, shoppings etc, criando novas oportunidades de negócios e geração de renda. É esse efeito sinérgico que faz as ZPEs serem consideradas uma dos mais eficientes instrumentos de desenvolvimento, hoje, utilizado por mais de 130 países no mundo, especialmente a China e os Estados Unidos”.

O presidente da Abrazpe diz que a ZPE do Pecém será um marco divisor da história do desenvolvimento econômico do Ceará. Segundo ele, as Zonas de Exportação removem alguns dos mais sérios fatores de inibição do investimento industrial, na medida em que eliminam impostos, flexibilizam o câmbio, diminuem a burocracia e, sobretudo, asseguram estabilidade das “regras do jogo” por 20 anos.

“Por vezes, elas são até mais importantes do que os incentivos oferecidos. E as empresas lá instaladas podem vender até 20% de sua produção no mercado interno (pagando, evidentemente, todos os impostos devidos), percentual este que aumentará para 40% até o final deste ano. É isso que estará acontecendo no Pecém, no Ceará”.

As empresas localizadas em ZPE terão inteira liberdade de comprar seus insumos aqui ou no exterior, o que, segundo Braga, será um estímulo para que os produtores nacionais sejam competitivos. Se não o forem, essas empresas vão comprar no exterior. “Nesse caso, a tarifa não será reduzida, será zero”. (Fonte: Fonte: O Povo (CE)/Rebecca Fontes)

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